sexta-feira, 19 de julho de 2013

Viagem de avião: novas normas para grávidas e lactantes

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) acaba de publicar as novas regras sobre o transporte aéreo de Passageiros com Necessidade de Assistência Especial, que abrange gestantes, lactantes, pessoas acompanhadas por criança de colo, pessoas com deficiência, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, pessoas com mobilidade reduzida ou qualquer pessoa que, por alguma condição específica, tenha limitação na sua autonomia. A proposta é válida apenas para voos domésticos.
A nova regra acaba com a limitação da quantidade de pessoas com necessidades especiais por voo: as companhias aéreas não poderão limitar esse número – que era de dois por voo.
Mais mudanças
A nova regra transfere para os aeroportos a responsabilidade pelo fornecimento de mecanismos adequados para o embarque ou desembarque de passageiros com necessidades especiais, como rampa, maca ou cadeiras de rodas. Ou seja, o aeroporto tem que prover o equipamento, mas a realização do embarque e do desembarque continua sendo de responsabilidade das companhias aéreas, que podem utilizar os equipamentos disponíveis no aeroporto ou equipamentos próprios.
Braços móveis
Para ampliar os espaços adequados aos portadores de necessidades especiais, a resolução determina que o operador aéreo amplie de 10% para 50% o número de assentos de corredor com braços móveis, tendo em vista que os assentos do meio já dispõem desse mecanismo. Esses assentos especiais (com braços móveis) estarão localizados na dianteira e na traseira da aeronave, o mais próximo possível das saídas.
Nos casos de passageiros que não possam realizar sozinhos os procedimentos para abandono de aeronave em caso de emergência, a empresa poderá providenciar acompanhante ou autorizar o acompanhante indicado pelo passageiro, que pagará valor igual ou inferior a 20% do valor do bilhete.
Os passageiros devem informar às companhias aéreas as assistências especiais necessárias no momento da contratação do serviço de transporte aéreo, com antecedência mínima de 48 horas antes da partida do voo.
Pelo novo regulamento da ANAC, as multas por descumprimento da norma variam entre R$ 10 mil e R$ 25 mil por infração. A Agência dá prazo até 12 de janeiro para que as empresas se adaptem.
A ANAC disponibiliza um telefone para orientação dos passageiros. Em caso de dúvidas, ligue 0800 725 4445

terça-feira, 2 de julho de 2013

Viajando de avião com um bebê – o que você deve saber


Imagem: http://quicksmartgo-blog.com/tag/airplane-travel-and-babies/

Há duas semanas viajei de avião com o Léo pela primeira vez. A experiência foi tranquila, mas considerando que eu cometi duas pequenas gafes, achei que seria legal fazer um post sobre isso e alertar as mamães de primeira viagem (nos dois sentidos) para que elas não passem pelo mesmo sufoco.

Abaixo, um guiazinho rápido do que cuidar antes e durante a viagem. Essas dicas são válidas para vôos nacionais, já que no caso de internacionais algumas regras mudam. Vamos lá...

1.       Quando for emitir a passagem, não faça como a avoada aqui e lembre-se de marcar a opção que informa que você está viajando com um bebê de 0 a 23 meses. Eu não fiz isso no ato da emissão e tive que chegar no aeroporto com antecedência, para inserir o Léo na lista dos passageiros. Esse foi meu primeiro erro.
2.       Quando for embarcar, não esqueça de levar documento original do seu filhote ou uma cópia autenticada. Eu cheguei no aeroporto só com uma cópia simples e não pude embarcar. Coisa que mãe de primeira viagem. Acabei tendo que remarcar a passagem para dois dias depois e pagar a diferença. Os documentos aceitos são: certidão de nascimento e RG.
3.       Se você viajar sozinha com seu bebê, peça que alguém a leve até o aeroporto e a ajude até o momento que você despachar as malas no check in. A não ser que você seja uma mamãe ninja, se você não contar com a ajuda de alguém vai passar por um bom perrengue. É quase impossível você empurrar o carrinho do bebê e o carrinho das malas e ainda carregar sua bolsa, a bolsa do bebê e o próprio bebê. Caso não tenha mesmo como obter ajuda, tente usar um canguru para colocar o bebê, aí você fica com as duas mãos livres para se virar por lá.
4.       Tente chegar com mais tempo de antecedência do que o que é exigido pelas companhias aéreas, pois aí você garante que haverá espaço para você e seu baby na primeira fileira do avião (esses acentos só podem ser marcados no momento do embarque e são reservados para grávidas, mamães com crianças de colo, idosos e portadores de deficiência física).
5.       Se for fazer uma viagem de algumas horas, solicite para a companhia aérea, por telefone e com antecedência, um bercinho para o bebê. Algumas das companhias aéreas disponibilizam esse acessório. Ele é indicado para bebês de até quatro meses.
6.       Alguns bebês costumam sentir algum desconforto nos ouvidos na hora da decolagem e aterrisagem. Para amenizar isso, ofereça o peito, a mamadeira ou a chupeta. Quando o bebê suga, o desconforto da mudança de pressão atmosférica é amenizado. No meu caso, o Léo dormiu tanto na decolagem quanto aterrisagem e aí não reclamou nadinha, mas se o bebê estiver acordado, experimente a técnica de sugar que quem já usou garante que faz efeito.
7.       Você tem direito a levar o carrinho do bebê sem que ele conte como bagagem. Você pode ficar com o carrinho até o momento de entrar no avião. Nessa hora, alguém da companhia aérea ajudará-la a fechá-lo e o colocará no compartimento de bagagens. Quando o avião estiver em solo, o carrinho será entregue para você de novo.
8.      Não esqueça de levar na sua bagagem de mão: mamadeiras com água preparar o leite do bebê (se ele tomar mamadeira), o leite em pó já separado na quantidade certa, mamadeira com água ou suquinho (se ele já tomar esses líquidos), um paninho de boca, uma mantinha para cobrir o bebê, um trocador portátil, um travesseirinho para acomodar melhor o bebê nos seus braços, pelo menos dois brinquedinhos (que façam pouco barulho, para não atrapalhar os demais passageiros), um número suficiente de fraldas descartáveis, pomada para assadura, lenços umedecidos, remédios que o bebê estiver tomando e uma muda de roupa extra, para o caso de algum acidente.
9.  Ao entrar no avião, retire da sacola de mão os itens que você irá precisar durante o vôo, pois essa bagagem não poderá ficar com você (ela terá que ir para o compartimento superior da aeronave). Dica de algumas coisas que eu acho interessantes você retirar da bolsa: mamadeira (para oferecer ao bebê na decolagem e aterrisagem), um brinquedinho, um paninho de boca e uma mantinha para cobrir o bebê se ficar frio na aeronave. Caso você precise de alguma coisa que ficou na sacola guardada, solicite ajuda a algum(a) comissário(a) de bordo.


No geral, achei bem tranquilo viajar sozinha com meu bebê. O vôo foi curto e tranquilo e o pequeno Léo se comportou bem. Os únicos contra-tempos foram responsabilidade da mamãe aqui, mas se você ficar de olho nas dicas acima não passará pelos perrenguinhos que eu passei.

Se você quiser mais dicas de como viajar com bebês e crianças dê uma olhada no link abaixo, do blog Baby Dicas. Está completíssimo! Eles explicam direitinho como conseguir o bercinho, falam sobre como trocar fraldas no avião (coisa que não precisei fazer) e dão algumas dicas para viagem com crianças mais velhas.

Cuidados para viajar de avião com bebês

médicos sugerem que recém-nascido só viaje após dois meses

Cuidados para viajar de avião com bebês
Foto: Getty Images
Por Bruna Capistrano

Você sabia que antes de viajar com seu bebê deve-se lavar o nariz da criança com soro fisiológico para evitar infecções no ouvido como a otite? E que as mães podem viajar com cadeirinha de bebê ou berço nos assentos prioritários? Para ajudar os responsáveis que têm dúvidas sobre viagens de avião com os bebês, consultamos a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o médico pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Veja abaixo:
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    A partir de que idade o bebê pode viajar de avião?
    Se o recém-nascido tem menos de sete dias de vida, entre em contato com a companhia aérea para confirmar a idade permitida para embarque naquela empresa. A maioria delas só aceita crianças a partir de uma semana de nascimento, mas os médicos recomendam que se não for uma emergência, viaje apenas após os dois meses, ou mais.

    "Aos dois meses, o bebê recebe um pacote imenso de vacinas. Até essa idade, ele está totalmente sem garantia de imunidade contra nada", explica Sylvio. Mesmo assim, se é preciso viajar com o bebê antes dos dois meses, evite liberar o contato do bebê com adultos. "A maioria das doenças mais comuns se propagam pelo contato com as mãos e boca. Por isso, não deixe as pessoas beijarem muito o bebê e pegarem no colo", ressalta.

    Manual de etiqueta: como se comportar perto dos recém-nascidos
  • 2
    O que fazer para evitar as dores no ouvido?
    Para evitar dores de ouvido ou infecções, Sylvio Monteiro explica que a lavagem do nariz é um grande aliado. "Com a pressão, a secreção que está na garganta pode subir pela trompa de Eustáquio, que é o canal que liga nariz e ouvido à garganta. A criança sente dores na hora e depois surge a infecção. A limpeza deve ser feita no mesmo dia, antes da viagem", ensina o pediatra.

    Segundo informações da ANAC, as dores no ouvido ocorrem na fase do pouso. "Para alívio desse sintoma, recomenda-se que a criança mame no peito ou na mamadeira, chupe chupeta ou beba água no copo", diz a Cartilha de Medicina Aeroespacial do Conselho Federal de Medicina e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

    Cuidados com o ouvido do bebê na hora do banho
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    Posso levar minha farmacinha do bebê?
    De acordo com a ANAC, a entrada de medicamentos em outros países poderá sofrer fiscalização sanitária. Portanto, leve na bagagem de mão somente o que for necessário para ser usado no período da viagem, sempre com prescrição médica com o nome do paciente e na embalagem original para melhor identificação na hora da inspeção. O que for sobressalente, leve na mala despachada.

    "Para a farmacinha, normalmente deixo um receituário pronto com os remedinhos básicos como soro nasal, analgésico, antibiótico, antiemético e pomada contra alergia e infecção", lista o pediatra. Ele sugere dar para as crianças mais sensíveis e em voos muito longos um antiemético, que são medicamentos que combatem enjoo, náuseas e vômitos. "Deve ser dado no dia do embarque, 30 minutos antes do voo", complementa.

    Medicamentos: homeopatia ou alopatia? Combinação terapêutica pode ser melhor opção
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    Papinhas e mamadeira podem ser levadas no voo?
    A regra é a mesma dos medicamentos: somente a quantidade necessária para uso durante o voo e levados na mala de mão, ou na do bebê. O permitido, segundo a ANAC, é levar mamadeiras e alimentos infantis industrializados. Por isso, coloque na sua lista de viagem itens como papinha, leite em pó e a mamadeira.

    Lista do enxoval do bebê ajuda no check list
  • 5
    Meu filho está doente: ele pode viajar?
    "Digo que criança doente não viaja, a não ser para ir ao hospital. Um resfriado tudo bem, mas isso pode evoluir para uma otite durante o voo por causa da pressão. No alto, a pressurização muda e quanto menor a pessoa, menos oxigênio ela tem. Essa situação também pode diminuir a imunidade, facilitando a entrada de outras doenças ou piora do quadro", afirma Sylvio Monteiro.

    Imunidade da criança: por que elas ficam tão doentes?
  • 6
    Quais vacinas o bebê precisa tomar para viajar?
    No Brasil, a única vacina necessária em alguns estados é a da febre amarela. "Mas ela só é aplicada aos nove meses. Outra vacina importante é contra a influenza (gripe), dada aos bebês com seis meses", explica o médico.

    Calendário de vacinação infantil traz lista com todas as doses de acordo com a idade
  • 7
    Como distrair o bebê durante o voo?
    Para a viagem ser mais tranquila, amamente o bebê no início da decolagem que ele vai dormir em seguida. Sylvio Monteiro explica que os bebês costumam cumprir o tempo e horário de sono que estão acostumados. "Se for um voo longo, de 12 horas, por exemplo, ele vai dormir por cerca de nove horas e vão faltar apenas três horas. Mas o melhor calmante para o bebê é o colo da mãe.".

    Brasileira cria método que faz bebês dormirem 12 horas seguidas
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    Antes de comprar o bilhete...
    Primeiro de tudo, certifique-se de que você tem a documentação correta para embarcar com seu filho: carteira de identidade ou certidão de nascimento do bebê para voos nacionais e passaporte para viagens internacionais. Opte pelos voos noturnos e os assentos da primeira fileira, já que o espaço é prioritário para crianças em berços e desacompanhadas, além de outros casos como passageiros acompanhados de cão-guia, e oferece maior conforto para colocar, por exemplo, uma cadeirinha de bebê (que seja certificada para uso aeronáutico).